Continuando a ver fotos do Teixeirinha, encontrei outra que também tem história...
Acho que todos conseguem imaginar rapazes de 20 e poucos, com carta de condução acabadinha de tirar, dando o litro no seu primeiro emprego, ainda nos primeiros degraus da escada da vida à procura de um lugar ao Sol...
O meu colega e grande amigo Casinhas conseguia ser mais destravado que eu a conduzir, o que era difícil, convenhamos...
Pois bem, há um dia em que ele vem no seu MINI, à sua velocidade normal, ou seja, voando baixinho, dali dos lados do Banco de Angola, quando, de repente, se lembra que tem de ir ao BCA (Banco Comercial de Angola), aquele do arranha céus que passou a ser postal de Luanda...
E que pensou o Casinhas? Fácil, viro rapidamente à direita já aqui no largo, contorno, volto à marginal e toca a andar para o BCA! Rápido que está quase na hora de fechar!!!
Ora bem. Conforme ele vira à direita, preocupado em evitar todos os outros carros, ouve um estrondo e trava!
- *****! Em que é que eu bati? - Sim, por que ele não tinha visto nada...
Sai do carro, dá a volta pela frente e o que vê? Uma senhora sentada no chão com ar atarantado. Um sapato estava junto ao carro, o outro lá mais para diante. Uma mala a um metro dela, donde tinham saído um lencinho branco com rendinhas, um espelho, um baton, um bloquinho de notas, um escova grande e outra mais pequena, o rímel, mais outro lencinho azul celeste sem renda, enfim, todos aqueles sei-lá-o-quê que as senhoras transportam nas suas malas e que acham indispensáveis...
E o bendito do Casinhas: - Oh minha senhora! Desculpe, mas não a vi! A senhora está bem? - E vá de a ajudar a levantar e sentar-se no carro. Vai buscar-lhe os sapatos. Apanha a mala, mais os objectos que vai encafuando na mala...
- Caramba! A senhora precisa de alguma coisa? - Não. Deixe lá... Já estou bem... Obrigado! - E levantando-se seguiu à sua vida, cruzando o largo.
O Casinhas mete-se no carro, lembra-se do BCA, arranca, dá a volta ao largo e, quando vai para entrar na Marginal, preocupado em evitar todos os outros carros, ouve um estrondo e trava!
- *****! Em que é que eu bati? Sim, por que ele, mais uma vez, não tinha visto nada...
Sai do carro, dá a volta pela frente e o que vê? A mesma senhora sentada no chão com ar atarantado!
E eis que a história se repete: Um sapato estava junto ao carro, o outro lá mais para diante. Uma mala a um metro dela, donde tinham saído um lencinho branco com rendinhas, um espelho, um baton, um bloquinho de notas, um escova grande e outra mais pequena, o rímel, mais outro lencinho azul celeste sem renda, enfim, todos aqueles sei-lá-o-quê que as senhoras transportam nas suas malas e que acham indispensáveis...
E o bendito do Casinhas: - Oh minha senhora! Desculpe, mas não a vi! A senhora está bem? - E vá de a ajudar a levantar e sentar-se no carro. Vai buscar-lhe os sapatos. Apanha a mala, mais os objectos que vai encafuando na mala...
- A senhora precisa de alguma coisa? - pergunta o Casinhas, vendo-a já mais recomposta...
- Não. Deixe lá... Já estou bem... Obrigado! Espere! Afinal preciso de uma coisa!
- Oh minha senhora! Diga! Eu faço o que quiser!
- Diga-me só para onde vai, que é para eu ir para o outro lado!!!