Huambo
Bombeiros removem cinco cadáveres na albufeira do rio Kuando
Huambo - Cinco cadáveres, entre os quais um homem e quatro meninas com idades compreendidas entre 16 e 18 anos, foram removidos hoje (sábado), na albufeira do rio Kuando, arredores desta cidade, pelo corpo de bombeiros.
Segundo apurou a Angop no local, trata-se de António Manuel, de 18 anos de idade, Cicilia Jamba, 17, Felícia Mutanga José, 16 anos, Laurinda Mussua, 18, e Maria de Fátima, 18, que se afogaram quando festejavam o encerramento do ano lectivo, no local turístico do Kuando.
Em declarações à imprensa, o director da escola do primeiro ciclo do Comércio, Isaías Luacuti, explicou que o infortúnio deu-se pelas 15 horas de sexta-feira, quando as quatros alunas entenderam mergulhar no rio, enquanto o jovem morreu na tentativa de salvar uma das vítimas.
“Nós estávamos em convívio do encerramento do ano lectivo a mais de 100 metros do rio e fomos surpreendidos com a notícia que elas afogaram-se na albufeira do rio Kuando e de imediato ligou-se para os Serviços do Corpo de Bombeiros que só conseguiram remover hoje os cadáveres”, informou o responsável escolar.
Por seu turno, o soba do bairro de São José do Kuando, Gregório Natolio, presume que as vítimas estivessem sob efeito de álcool e entenderam nadar numa área com muito lodo, pelo que não conseguiram safar-se
A autoridade tradicional que manifestou preocupação e desolação das populações na sua área de jurisdição, face ao sucedido, realçou que de Janeiro até ao presente mês já foram registados 11 casos de mortes na albufeira do Kuando, pelo que clama às entidades afins no sentido da sinalização das áreas perigosas do rio para se evitar novos casos.
O administrador do sector do Cruzeiro, adstrita à comuna de Calima, António Vilessi, manifestou-se preocupado com os sucessivos casos de morte por afogamento no rio Kuando, admitindo a possibilidade do seu sector vir a tomar algumas medidas cautelares, já que “muitos que afluem ao local não dão a conhecer as autoridades”.
“Temos lançado alguns apelas às pessoas que procuram o Kuando como lugar de lazer, mas quando estes se embarcam na diversão, com consumo de bebidas alcoólica à mistura, desrespeitam os conselhos, o que leva a certos desastres”, afirmou.